quarta-feira, 12 de maio de 2010

Apnéia


*Foto- Sunset- Tiête- Pederneiras- Brasil


Como se, por muito tempo, sem me incomodar
andasse por tamanha escuridão
Soberana, tomava conta, ganhava espaço
E eu, sem hesitar, me preocupava com andar!

Feito o ponteiro maior, nem tonto ficava
tonto mesmo, foi o encontro...
Muitas vezes, nestes instantes, seguramos o maior...
Era tão doce, que entrega não faltava

Noutro, ela, a Luz, caminhava em minha direção
Um conjunto de traços, magnífica e estonteante expressão corporal
sentou-se a minha frente, nem precisou pedir atenção
Já era dela, naquele palco, nós apenas, e prosa semanal

O maior correu depressa, a galope
Ninguém deu conta, saudamos!
O maior só parava, e quantas parou...
...Naqueles infinitos segundos onde me encontrava,
Doutro lado daquele par de retinas...
...imerso no mar de mel...
Que assemelhava-se a um mergulho livre...
...e como se nada fosse mais importante que deixar tudo que Luz trazia contigo atingir...
o mais fraco dos pontos, a alma, o coração,
ou qualquer endereço por ela direcionado.
Sem armas, nem táticas, nenhum personagem
E o mais intrigante é que depois dessa apnéia duradoura,
Eu ainda tinha fôlego!

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